quarta-feira, 26 de junho de 2013

E eu...

E eu que te odeio tanto
Passo horas revendo suas fotos, 
Reparando seus traços, 
Revivendo sua voz...

Eu que te odeio tanto...
Ando pela rua, 
Procurando teu sorriso,
Tão imperfeito riso,
Que o vejo 
Cada vez que o sol 
Ofusca meu olhar...

E eu que te detesto tanto,
Sempre penso que 
Se eu dormir e sonhar
Você vai estar aqui 
Quando eu despertar...

Tenho tanto desprezo por ti 
Que seu pijama 
Ainda esta no mesmo lugar...

Quem sabe você venha
Quem sabe eu te deixe entrar...

E eu que nem quero mais saber...
Toca meu despertador, 
E corro pra te atender...

E eu que te odeio tanto...
Nem espero mais te ver...
Busco assuntos e torço que me perguntam de você...

E por não te querer mais...
Transformo meu verso
Em outra forma de dizer:
Não me venha com desculpas...
Será que você é capaz de entender...
Que amor não acaba assim,
Odeio-te tanto, pois, 
Eu dedico,
Meu amor todo a você...


pqp

ST

Às vezes sinto 
Que se eu pintar um sorriso
Passo quase despercebida 
Pela multidão, 

E quantas tempestades 
Você esconde 
Atrás de um sorriso?

Tanta coisa já vi...
Quantas vezes me escondi...
Em um canto qualquer, 
Em meu cobertor, 
Naquele livro de amor

Tantas outras, 
Com um batom,
Pintando um sorriso,
E fazendo rima...
A gente sabe que os dias de verão vão voltar...
Mas o inverno...
Mata-me de uma forma...

Nas nuvens disfarço minhas lágrimas
E com a noite finjo uma vida
De repente 
Vira dia
Com travesseiros reinvento
Minha melancolia...
Queria eu estar apaixonada, 
Cantando com as folhas
Dançando com o tempo...
Perdi o compasso, 
Minha cantoria
Virou conto sem vírgula, 
E com pontos 

Invento meus dias...

Verão passado...

Pensei ter amor, 
Ganhei cores, cheiros, 
Lembro toques
Guardo canções...
Por pensar em amar, 
Amei na chuva, no sol, 
Amei no vento, 
Amo novamente na chuva, 
Ainda guardo cheiros e lembro as canções...
Feito criança, amei sem medo,
Pensei que de tanto amor, só poderia continuar,
Só me faltou observar, 
Nem um amor nasce sem se doar
Meu amor nasceu 
De um amor 
Já nascido em outra hora, 
Em outro jardim, 
Distancio-me das flores, 
E permaneço com as sementes...
Soltei os pássaros 
E ainda ouço seu cantar,

Assim, o amor nada mais é 
Além de um antigo verão divertido
Que sempre tentamos remontar...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Flores...

Uma cadeira em um jardim,
Plantar margaridas,
Talvez algum jasmim,
Nunca gostei muito de flores,
Quando criança me feria com espinhos...
Sem saber sobre a vida
Ainda me corto com eles...
Desejo um jardim com girassol
Muitas flores coloridas
Algum espaço gramado,
E um balanço de pneu,
Pra lembrar que criança
É sempre mais feliz...
As flores me fazem sentir
Que depois de alguns botões
As cores vão surgir...

Mercadoria

Condicionado,
Acomodado,
Condenado 
A olhar prateleiras cheias
De condimentos 
Tão vazios...
Condimentados
a serem
Assim como você
Assim como eu,
Apenas mais uma opção
Perante tantas outras...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Passeio sem mim...

Andei pelas ruas sem saber de mim...
Saí de casa,
E deixei lá uma esperança.
Quem sabe a me esperar,
Talvez sem acreditar.
Não toquei no chão.
Não senti o vento.
Nem olhei pro céu
Ignorei estrelas.
Xinguei a lua.
Menti um adeus...
Sem pensar no que queria,
Andava sem gemer.
O vazio não emite som algum.
Tudo em mim doía.
Neguei a leveza dos dias,
Fechei meus olhos, 
Tudo me ardia,
Coração, pensamento,
Aquele barulho da rua,
Postes ainda acessos.
Quando só existo,
A vida é uma luz estranha
Que não ilumina
Não brilha
Nem faz escuro, 
É dor...
Tudo me dói
E o toque do tempo
É a sombra certa
Que nunca vai te abandonar.
E quanto tempo perdi 
Perdendo teus beijos
Nos meus cansados argumentos...
Nada posso recuperar...
Nem as lágrimas,
Que por vaidade,
Deixei de chorar...
Perdi o céu dos teus olhos
Por conta da
Nuvem que deixaste
No caminho...
Sorte dela.
Pudesse eu ter alguma sorte também...
Agora vejo que entardece,
O céu esta limpo.
Sujo estou eu...
Meu ar se cansa no fim de tarde
Um suspiro (in) feliz
Que pede uma dose de paz
Uma garrafa de amor,
(seria pedir de mais?)
Guardei minha chuva num esboço,
Quem sabe viver um céu de nuvens brancas...
E meio a tanta tempestade
Apego-me ao vento 
Que sem entender nada
Me trás de volta 

Pra mim...



terça-feira, 4 de junho de 2013

Segundo#

Dor de cabeça, passa
Dedo quebrado, melhora
Fome, acaba
A sede, a gente mata...
Dor de amor, não passa, nem cura
Só dói...

Nervoso, relaxa
Cansaço, vai embora
Dor de amor só dói...
Arranhão, incomoda...

Saudade, humm...
Saudade acumula...

Dor de amor, parece que só cresce
Muitas vezes, parece maior que a gente
Dor de amor, não cura com curativo
Não sara com Merthiolate
Não passa com banho quente
Nem com aquele chá
Que mãe faz e é potente
Doença de amor,
te deixa de cama
faz o céu ficar escuro sem ser noite
doença de amor
dói
faz tudo ficar chato
A gente perde ate a vontade de reler
Aquele poema bonito
que um dia fiz pra você...

Depois do fim...

Primeiro#

Fazer versos não seca as lágrimas
Que engulo no soluçar de um nó na garganta...
Fazer um verso rimado não trás nenhum abraço pra perto de mim,
Outra vez...
Pro meu abraço...
Mas quem sabe com versos
Eu consiga saber o que penso tentar dizer
Pois, muitas vezes, nem sei o que pensar,
Sobre as cosas que quero dizer...
Meus versos não trazem o ontem de volta pro meu hoje.
Mas ninguém disse que eu não poderia tentar...

Quem sabe com uma rima simples
Eu consiga dizer-te
Que nada acabou aqui...
Eu continuarei fazendo versos
E que meus versos não costumam rimar
Mas que eu continuo
Esperando que depois de ler
Tais meus versos
Você pense em voltar
No meu abraço
Fazer sua morada
E quem sabe dizer sorrindo
Que eu posso novamente
Ser sua namorada...